domingo, 11 de dezembro de 2011

Reflexão sobre Dor por Claudenice Ferreira dos Santos

No capítulo 1 cujo o tema é: SAÚDE, DOENÇA, CUIDADO, CURA E CONCEITOS CORRELATOS: EXCURSO ETIMOLÓGICO-SEMÂNTICO PRELIMINAR (Com Denise Coutinho e Vládia Jucá). Afirma que a origem do termo “doença” pode ser encontrada no latim dolentia, derivado de dolor e dolore, respectivamente “dor” e “doer”.
Pensando em Dor?
Dor sobre a ótica da Terapia Comportamental Clássica:
A Terapia Comportamental Clássica é uma terapia que acontece no consultório ou em settings escolhidos para possibilitar procedimentos de exposição a estímulos condicionados. Os métodos não visam diretamente os comportamentos problemáticos, mas sim processos subjacentes. Respostas emocionais ou fisiológicas condicionadas, geralmente inferidas pelo clínico a partir dos comportamentos problemáticos e dos relatos do paciente, são considerados o cerne do problema (Vandenberghe, 2005). A partir da ótica de que a dor faz parte de um sistema de fuga primitiva que serve para escapar de eventos nocivos. Ela prepara o organismo para cuidar de uma lesão, evitar maiores lesões e o perigo de infecção dos tecidos lesados (Sokolov, 1963). Para McNeil & Burnetti a dor está ligada com a ativação de redes neurais relacionadas com passividade e proteção do corpo (McNeil & Burnetti, 1992).

Dor sobre a ótica da Terapia Cognitiva Comportamental:
A Terapia Cognitiva Comportamental é baseada no modelo cognitivo do funcionamento humano, segundo o qual comportamentos e emoções são mediados por processos simbólicos subjacentes.
Contribuindo para enfatizar que a epistemologia pessoal do paciente é uma variável relevante. Ela aponta que a dor está intimamente relacionada com o que a pessoa acredita sobre o mundo e sobre si mesma. Para o clínico, o mais importante é entender que a interpretação que o paciente faz da sua experiência é um alvo válido de intervenção terapêutica (Vandenberghe, 2005).

Dor sobre a ótica da Análise Aplicada do Comportamento;
A análise aplicada do comportamento baseando-se nos comportamentos problemáticos. Onde o terapeuta se desloca para estes lugares para observar as contingências e reestruturá-las. Alternativamente, ele desenvolve junto com o paciente ou seus responsáveis, programas a serem executados nestes lugares tendo em vista que a dor expressa um comportamento operante, como; expressões faciais sofridas, posições corporais tensas, automedicação, queixas. Podendo ter reforço natural (Ex.: uma diminuição temporária de estimulação aversiva) ou social (Ex.: receber atenção ou ser isento de responsabilidades ou tarefas) (Kazdin, 1984).


Dor sobre a ótica da Análise Clinica do Comportamento;
Entende que o comportamento pode ter um papel na regulação da intimidade, pode ser relacionado com uma estratégia de esquiva de experiência de problemas interpessoais, revolta com a vida, com as pessoas ao seu redor e consigo mesmo, Comportamentos sutis, como sonhar, imaginar e sentir são tão importantes quanto comportamentos públicos. contingências interpessoais e contextos verbais que estão relacionados com estes comportamentos são considerados o cerne do problema. Deste modo a dor crônica não é algo que acontece com o indivíduo, mas algo que ele faz. Entendendo os sentimentos como efeitos colaterais de contingências e deste modo não podem ser combatidos. A dor não é algo que tem que ser controlada para poder viver, mas um motivo para mudar algumas opções fundamentais na vida, de superar certas limitações e de enfrentar de maneira criativa os desafios da interação com o seu universo (Bland & Henning, 2000; Luciano & cols., 2001).

Referência:
- VANDENBERGHE, Luc. Abordagens comportamentais para a dor crônica. Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre, v. 18, n 1,abr. 2005. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722005000100007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 08 dez. 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722005000100007.
- Sokolov, Y. (1963). Perception and the conditioned reflex. Oxford: Pergamon Press.
- McNeil, R. & Burnetti, M. (1992). Pain and fear: A bioinformational perspective on responsitivity to imagery. Behavior Research and Therapy, 30, 513-520.
- Kazdin, A. (1984). Behavior modification in applied settings (3rd. ed.). Homewood: Dorsey Press.

TEORIA DA SAÚDE

REFLEXÕES SOBRE O TEXTO: TEORIA DA SAÚDE POR: MARIA JOSÉ ETELVINA SANTOS
ESTUDOS SOBRE CONCEITOS DE SAÚDE, DOENÇA, CUIDADO, RISCO (e correlatos)
CAPÍTULO I – PRÓLOGO
AUTOR: NAOMAR DE ALMEIDA FILHO

O texto prólogo do professor Naomar de Almeida Filho nos remete a reflexão sobre o conceito de saúde que ao longo de seu corpo teórico esclarece que não existe de fato uma definição que abranja e satisfaça a complexidade do tema. Enfim, todos querem saber o que é saúde. Segundo o autor não há esforços significativos na produção deste saber, entretanto , modelos biomédicos de patologias são desenvolvidos massivamente, mesmo sendo vago e generalista, muitas vezes correspondendo a alguns poucos casos e outros não, parece que a ciência para a saúde é inexata e aleatória, pois vários modelos citam fatores de risco para a causação dos agravos quando de fato em muitos casos aqueles fatores de risco citados não estavam presentes, quando por exemplo citam o cigarro como a causa do câncer de pulmão e sabemos de casos de pessoas que nunca fumaram e foram acometidos de câncer de pulmão ou fumaram a vida toda e não foram acometidos por esse agravo. Ao que parece os profissionais de saúde não sabem definir saúde porque também não sabem o que é doença nem sua causa, nem seu percurso, nem seus estágios, combatem os sintomas, não sabem prevenir porque desconhece as causas que geram as enfermidades.
Partindo do pressuposto de que para se saber o que é saúde é necessário compreender o que é doença, apresento neste texto, os conceitos de saúde e doença definidos pelo médico alemão Ryck Geerd Hamer, que desenvolveu na década de 70 uma nova abordagem em saúde chamada de Nova Medicina Germânica, e, que na Europa, especificamente na Espanha é chamada de medicina sagrada.
Hamer descobriu que a doença não existe enquanto desordem celular ou se refere à ação no organismo de células enlouquecidas ou de agentes patógenos que acometem o indivíduo a sua revelia e em qualquer época de sua vida, mas que a doença é um programa biológico carregado de sentido e que tem como objetivo proteger o indivíduo de conflitos e estresse que o afetam cotidianamente e que ameaçam a sua sobrevivência.
A doença é um programa criado pela Natureza, que surge ao longo da evolução da espécie e que possui um sentido biológico, que é a superação de um obstáculo que ameaça a sobrevivência da espécie.
Neste sentido, entendemos que a doença é um programa criado pela natureza e de nenhuma maneira é algo casual ou um erro. A natureza nunca se equivoca. As manifestações físicas e mentais foram criadas no curso da evolução e inscritas no cérebro para serem usadas em situações especiais. Muitas delas ajudaram muito em determinados períodos da evolução dos seres vivos e se reativam somente quando ocorre um conflito biológico.
 A doença possui um claro sentido biológico que é a superação de um obstáculo que ameaça a sobrevivência do indivíduo: É necessário repetir que a natureza nunca comete erros, tudo o que faz possui um sentido, ainda que não compreendamos ou ainda que esse sentido pareça contrário a lógica humana. Enfim, a doença surge no ser vivo, quando sua sobrevivência está ameaçada por uma situação pelo qual o indivíduo não encontra solução imediata, então, o cérebro procura uma solução na memória celular dos antepassados e dá a solução ao conflito pelo qual o indivíduo não conseguiu resolver.
Os três operadores fundamentais.
Antes de aprofundar estes conceitos, devemos conhecer três operadores que permitirão uma melhor compreensão do que entendemos que seja a doença.
O primeiro deles, é o que chamamos de lei biológica e que se expressa da seguinte maneira: "Toda tensão celular que não se descarrega adequadamente, volta a sua fonte de origem e se descarrega ali".
Sabemos que as células são fontes de tensão permanente desde sua formação, iniciada com a fecundação do óvulo. Embriologicamente, a única maneira da célula descarregar essa tensão, é a diferenciação, ou seja, seu crescimento e especialização nas distintas funções de cada tecido e órgão. Qualquer obstáculo a sua diferenciação, gera aumento na tensão da célula que impossibilitada de especializar-se permanecerá primitiva e isolada das demais, porém mantendo sua tensão até ser dissipada e retornar ao grupo de forma especializada, quando o indivíduo consegue resolver o conflito.
Quando a célula passa pela etapa, a tensão celular que não descarregou terá outra saída, que é a descarga psíquica. Se houver obstáculos em sua função, o mecanismo embriológico reativa e só é possível a descarga somática (o crescimento indiferenciado).
O segundo operador que é a Lei psicológica, que se expressa da seguinte forma: "Todo ser vivo está obrigado a buscar incessantemente, sem consegui-lo plenamente, o que deseja ser e por sua vez está condenado a viver constantemente o que recusa ser".
Podemos dizer que esta lei é semelhante a anterior, uma vez que tudo o que se recusa (o que não se descarrega) obriga a célula a rejeitar.
A doença, de acordo com a segunda lei, seria uma tentativa dramática de resgatar do esquecimento as contradições fundamentais do ser humano e trazê-las à tona para serem resolvidas e harmonizar-se com as crenças e coerência humanas.
O terceiro operador para abordar a doença, é chamado Lei Férrea do câncer ou primeira lei da Nova Medicina Germânica. Esta lei explica que: "Toda doença é produzida por um conflito biológico". Neste sentido há três critérios a considerar:

Primeiro critério: toda doença surge de uma DHS, quer dizer, uma situação surpresa, subjetivamente dramático e vivido na solidão. Este DHS ou evento desencadeante é o que vai ativar os programas cerebrais do adoecimento. A situação em si, não provoca a doença, apenas é capaz de ativar traumas irrepresentáveis que são inconscientes ao sujeito. São os traumas significativos pré-verbais que atuam sobre as células que partilham da mesma realidade.
O segundo critério, Hamer: "No momento de uma DHS se instala sincronicamente uma alteração celular em um órgão e uma modificação cerebral que pode ser observada através de uma TAC cerebral". O evento (DHS) que não pode ser verbalizado, ativa fenótipos latentes cujo sentido é superar um obstáculo e que ameaça a sobrevivência do indivíduo.
A pesquisa médica do Dr. Hamer está firmemente ligada à ciência da embriologia, porque se o órgão responde a um conflito através do crescimento de um tumor, através da lesão de um tecido, ou através de dano funcional, é determinado pela camada embriônica do embrião, que tanto o órgão quanto o tecido correspondente do cérebro se originam. (Terceira Lei Biológica).
Enfim, partindo destes pressupostos, compreende que a doença é um programa biológico legado por nossa evolução para sobrevivermos a um conflito abrupto e inesperado pelo qual não conseguimos resolver e por conseguinte é ativado no cérebro para nos proporcionar mais tempo para solucioná-lo, sendo assim, fica claro que não há doença como a temos definido ao longo dos tempos através dos estudos da medicina convencional, não é um erro da natureza, um desvio, efeito de células enlouquecidas que nos acomete sem motivo nem causa aparente, ao contrário há um sentido para que ocorra, há uma lógica que a natureza nos garante para manter a nossa sobrevivência. Sendo assim, podemos definir saúde como a mensagem que a “doença” nos incita a refletir sobre nossos padrões de comportamento para mudarmos, a saúde é confrontarmos com o que a doença nos sinaliza enquanto obstáculo a viver plenamente os requerimentos que a vida nos cobra e que por conta da sociedade pagamos um preço muito alto e negamos as respostas e resoluções que a doença nos possibilita compreender para então mudar e ser plenamente o que devemos ser ou desejamos ser. A doença é um programa criado pela Natureza, que surge ao longo da evolução da espécie e que possui um sentido biológico, que é a superação de um obstáculo que ameaça a sobrevivência da espécie. A doença não é mais que o resultado de um processo de reparação e adaptação nova e geral de um programa básico da mãe natureza frente a uma agressão séria do qual o indivíduo não conseguiu solucionar. Em resumo, a doença é uma crise de cura, e, portanto nossa aliada e possui um claro sentido biológico, que é a superação de um obstáculo. Quando estamos de bem com a vida, felizes, satisfeitos, não adoecemos, apenas quando nos vemos frente a uma ameaça a nossa integridade, que seja, desemprego, solidão, abandono, separação, medo de morrer, de estar só, de passar fome, desamparo, rigidez nas crenças, resistência em aceitar as coisas como elas são, inflexibilidade ante a vida, ameaça em seu território ou perda de território, desejos insatisfeitos, “pedaços” difíceis de serem digeridos, desvalorização ou autodepreciação por parte de familiares ou até de si mesmo, sentir-se preterido, sentimentos de menos valia, segregação, discriminação, incompreendido, chocado, abusado, atacado, desrespeitado, prófugos...tudo isso ativa um programa especial legado pela natureza para sinalizar-nos que naquele ponto precisamos melhorar e aprender a lidar com aquela situação específica. Por que nunca a medicina considerou que se tais sentimentos existiam em nosso arcabouço humano deveria ser para alguma coisa? não podemos imaginar que as emoções e sentimentos não servem para nada e que devemos esquecer ou superar tal artefato de nosso corpo. Tudo está integrado e se existe em nossa vida é porque possui um significado, mesmo que não compreendamos para que exista. Este pesquisador conseguiu descobrir através da embriologia e da teoria da evolução o significado de cada órgão na existência humana e seu conteúdo psicológico, por isso, a depender do conteúdo do conflito determinado órgão será afetado e não outro ou qualquer um dos órgãos existentes no corpo humano, se o conflito foi de medo de morrer, vai ser o pulmão que será ativado porque seu sentido psicológico é a vida e não outro órgão que será afetado e assim por diante.
Bibliografia
CALLEJÓN, F. La lupa de la nueva medicina, madrid: tusquets, 2000.
CAMARGO JR. Biomedicina, saber e ciência: uma abordagem crítica. São Paulo: Hucitec, 2003.
__________. Paradigmas, ciências e saber médico. RJ: Instituto de medicina social, UERJ, 1992.
_________. Racionalidades médicas: a medicina ocidental contemporânea. RJ: Instituto de medicina social, UERJ, 1993.
FRÉCHET, M. Decodificando a geração. Roma: Eleuthere, 1995
GADAMER. El inicio de la sabiduria. Barcelona: Paidós, 2002.
HAMER, R.G. Il cancro e tutte le cosiddette malattie. Roma: Edizione amici di Dirk, 1990.
___________. Breve introduzione alla nuova medicina Germanica. Roma: Edizione amici di Dirk, 1980.
__________. Testamento per una nuova medicina. Roma: Edizione amici di Dirk, 1995.
HERZOG, R. A concepção de si como sujeito da doença. SP: Physis, 1991.
KLEINMAN, A. The illness narratives: suffering, healing and human condition. Basic Books, Inc., New York, 1988.
LABORIT, H. Elogio alla fuga. Roma: Mondadori, 1980
__________. Copérnico non ha cambiato gran che. Roma: Eleuthera, 1982
__________. Dio non gioca a dadi. Roma: Eleuthera, 1984
__________. Vita anteriore. Roma: Mondadori, 1986
LANDMAN, J. Medicina não é saúde. RJ: Nova Fronteira, 1983.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Pensando Canguilhem e a dor por Claudenice!

Canguilhem, alterou um dos grandes eixos do pensamento hegemônico em seu livro o normal e o patológico (1943): A descoberta do fato patológico não seria um dado tributário, exclusivamente e em primeira instância, da ciência, mas sim uma espécie de produto da denúncia humana de seu mal-estar (Canguilhem, 1943). Os fenômenos vitais resistem a serem explicados inteiramente por causa mecânicas, sendo necessário a presença de um dado normativo como medida, sendo ele o conceito fundamental no campo da terapêutica.
O vocabulário médico constrói-se sobre calores quando avalia estados humanos
Ele defende uma especie de valor vital que existiria como um fato prévio a linguagem.

Pensando na obra de Canguilhem em o que é normal e patológico, seria a dor um sinal concreto do patológico?
Sendo a medicina construída em sua base pela escuta do ponto de vista do doente, pode-se admitir que a dor seja um sentido vital, sem admitir que tenha um órgão especifico. *Leriche defende que a dor possui um valor heurístico, na caracterização da doença afirmando a hipótese epistemológica de Canguilhem de que a descoberta do fato patológico não seria um dado tributário, exclusivamente e em primeira instância, da ciência, mas sim, uma espécie de produto da denúncia humana de seu mal-estar.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

ESTUDOS SOBRE CONCEITOS DE SAÚDE, DOENÇA, CUIDADO, RISCO (e correlatos).


O texto entitulado "SAÚDE COMO CAMPO DE PRÁTICAS E PARADGIMAS" nos remete a reflexão sobre o conceito de saúde que ao longo de seu corpo teórico esclarece que não existe de fato uma definição que abranja e satisfaça a complexidade do tema.
Segundo (Almeida Filho – 2000) saúde constitui uma das mais importantes dimensões da vida moderna. Porém, o que significa saúde como conceito? Qual a sua história semântica? Saúde é, de fato, um conceito polissêmico; será certamente instrutivo discutir brevemente elementos de semântica histórica do conceito de saúde e seus correlatos nos principais idiomas ocidentais.
Já Christopher Boorse definiu em 1977 a saúde como a simples ausência de doença; pretendia apresentar uma definição "naturalista". Em 1981, Leon Kass questionou que o bem-estar mental fosse parte do campo da saúde; sua definição de saúde foi: "o bem-funcionar de um organismo como um todo", ou ainda "uma actividade do organismo vivo de acordo com suas excelências específicas." Lennart Nordenfelt definiu em 2001 a saúde como um estado físico e mental em que é possível alcançar todas as metas vitais, dadas as circunstâncias.
 Observando esta gama de conceituações sobre o tema saúde, o mesmo perece ser subjetivo, onde cada ser tem a visão do que saúde porem sabe-se, que o conceito de saúde abrange um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças, onde esta definição considera aspectos de completo bem-estar físico, mental e social, já a OMS define saúde como um estado de completo bem estar fazendo com que a saúde seja algo ideal, inatingível, assim esta definição não serve de parâmetro e meta para os serviços de saúde. Enfim, todos querem saber o que é saúde. Segundo o autor não há esforços significativos na produção deste saber, entretanto, os modelos biomédicos de patologias são desenvolvidos massivamente, mesmo sendo vago e generalista, muitas vezes correspondendo a alguns poucos casos e outros não, parece que a ciência para a saúde é inexata e aleatória, pois vários modelos citam fatores de risco para a causação dos agravos. Tomando como exemplo, citaremos o modelo de Christopher Boorse (1975), que compreende doença como o estado interno do organismo biológico resultante do funcionamento subnormal de alguns dos seus órgãos ou subsistemas.
Algumas doenças podem evoluir para enfermidades caso provoquem consequências psicológicas e sociais, limitações ou incapacidades, que preencham os seguintes critérios, já o modelo de história natural da doença desenvolvido no seio das ciências biomédicas, (Leavell & Clark, 1976), relaciona doença ao conjunto de processos interativos que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até às alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte”.
Ao que parece os profissionais de saúde não sabem definir saúde, porque também não sabem o que é doença nem sua causa, nem seu percurso, nem seus estágios, combatem os sintomas, porem os mesmos não sabem prevenir porque desconhece as causas que geram as enfermidades tratando os o corpo como organismos separados como se fossem peças de um automóvel, onde para determinado defeito, é tratado com determinada solução se um certo órgão apresentam problemas, apenas o retiram pensando que esta é a solução mais correta . 
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, FILHO. Qual o sentido do termo saúde, Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 16(2): 300-301 abr-jun, 2000.
ALMEIDA FILHO, Naomar de  and  JUCA, Vládia. Saúde como ausência de doença: crítica à teoria funcionalista de Christopher Boorse. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2002, vol.7, n.4.
Políticas de Saúde para o Jovem - Julho – Outubro/2006 – Ministério da Saúde/MS, disponível em: www.oncopediatria.org.br/portal/artigos/pais/conheca_direitos/oque_sa. jsp.